Diferença de tomografia, raio x e ressonância magnética
Segunda-Feira, 12 de Junho de 2023
Os três são exames de imagem, nos três o paciente deve ficar imóvel, os três fazem “fotografias” dos órgãos internos do corpo. As semelhanças entre raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética fazem com que surjam algumas dificuldades para diferenciá-los. Confira as diferenças, semelhanças e características de cada exame.
RAIO X
O princípio que permite a formação da imagem na radiografia é o próprio feixe de raios-x, que é emitido por um tubo e atravessa o corpo do paciente até atingir um filme, possibilitando a visão de estruturas internas do corpo com base nas diferenças de densidades entre elas. Mas quando é utilizado? Muito utilizado para obter imagens dos pulmões, seios da face ou para auxílio na avaliação ortopédica, como o diagnóstico de fraturas. Também é usado em Unidades de Terapia Intensiva, já que o equipamento pode ser deslocado até o leito do paciente caso ele tenha dificuldades para se locomover.
TOMOGRAFIA
Radiografia e tomografia são “primos”, no sentido de que o princípio que permite a formação da imagem, nos dois exames, é a mesma. Só que na tomografia, o processo é mais sofisticado, já que o tubo se move ao redor do paciente e emite um feixe de raios-x que atinge detectores posicionados no lado oposto, com isso tirando várias imagens simultâneas e com mais detalhes. Quando usar? Se uma radiografia pode servir bem para fazer o diagnóstico de uma pneumonia, a tomografia vai além e consegue mostrar um nódulo pulmonar menor do que 1 cm. Assim como no raio-x, pode-se realizar exames de tomografia de todas as regiões do corpo, como crânio, seios da face, tórax, abdômen e esqueleto ósseo, com grande detalhe anatômico.
RESSONÂNCIA
Se há “grau de parentesco” entre raio-x e tomografia, a ressonância magnética é de outra família. O tubo do aparelho é um grande imã, que gera um campo magnético para ordenar os movimentos das moléculas de água do corpo e, através da emissão de pulsos de radiofrequência, permitir a formação de imagens detalhadas e de alta qualidade diagnóstica. Quando é usada? A ressonância magnética consegue trazer imagens nítidas mesmo em partes do corpo formadas por estruturas com densidades semelhantes entre si. Por isso é útil, por exemplo, para ver o cérebro, a medula espinhal e lesões nos ligamentos e tendões. Também é bastante utilizada para examinar o fígado, rins e órgãos pélvicos, entre outros.
A decisão sobre qual exame é o mais indicado para um paciente ou doença específica depende de uma série de fatores, como região do corpo a ser estudada, suspeita clínica e idade do paciente. Essa decisão pode, inclusive, ser tomada em conjunto pelo médico que solicitou o exame e o radiologista que irá realizá-lo.